sábado, 20 de junho de 2009

As esquinas de minha vida

Passos que nos guiaram até aqui
pedem pra voltar, imploram.
Passos de um condenado
embaraçam pelo centro, me perdi no caminho.

E agora as preces serão feitas
em nome do que for bom de verdade.
Eu não tenho nada mais por hoje
apenas desconsidere garota.

Não soube o que falar, parei por um momento
porque me expressar?
porque ter que ser algo estático?
The Smiths para os que assim como eu não souberam o preço da dor.

Me despeço outra vez
e minha vida se equilibra num pulso.
Abraçam me e beijam me
mais nada disso foi suficiente.

As esquinas me escondem a verdade
As esquinas me fazem esquecer
recuar por não saber como me despedir
e vou me embora.

O sorriso que levo, eu não sinto.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Narcisio se olhou dentro dos olhos...

Em algum lugar existe um mesmo assunto sendo repetido, muita vezes, até cansar. Em algum lugar existe algum assunto que nunca é falado, que é oprimido e remediado pela negação dos nossos sentidos.

Até quando preconceito, até quando falar de preconceito, até quando essa eterna falta de respeito, ignorância e intolerância?
Pouco se fala no que leva a isso, muito se fala no que é isso.
Mas até quando esperar que as novas leias saiam do senado para que nos comecemos à as seguir, como simplesmente respeitar, não destruir e cuidar?
Fico indignada novamente, e novamente e acho que essa minha indignação talves nunca seja curada, sento-me com minha mãe no sofá para jantar e ligamos a TV, eu ainda me revolto, e eu não sei mais assistir TV de boca calada, e eu sinto necessidade de me expressar.

Por muito tempo quiz ter o poder de transformar o mundo, destruir toda maldade, desfazer toda a injustiça. Mas o que ganhei com isso tudo, a condenação?

Você que lê isso sabe o quanto tenho procurado a saída, você sabe o quando eu me sinto bem e as vezes tão mal, mas até quando esperar o perdão, se a mão que mata só espera o tempo necessário para me apunhalar?


Mas Deus no infinito de mim sabe que eu não sou tão má assim, as pessoas é que são.


Cheguei a um ponto que não tolero mais doçura exagerada, não tolero mais senbilidade exagerada, nem frescuras e bocas cheias de palavras inúteis sendo pronunciadas. Quero somente o silêncio de mim, as vezes meu grito, mas é muito melhor do que ter que aguentar as pessoas que não sabem ser elas mesmas e ficam se esforçando o tempo todo pra ser algo que não são.
Eu não tenho mais paciência pros acertos de contas, nem pras filas e nem pra esperar o prato frio de sopa quente.
Por favor, chega dessas carências insoluvéis, desses casos ao acaso e desse olhar que não consegue mais sustentar com suas próprias forças.





Chego a conclusão: Eu me basto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que ontem era moderno, hoje é antiquado


Hoje somos jovens, belos, eternos, o tempo passa devagar e temos todas as chances de acertar. Hoje somos modernos, tão modernos quanto nossos pais eram na década de 60.
Amanhã estaremos tão empoeirados quanto a mobilha da fazenda grande, e seremos tão parte do passado quando o bom e velho rock'n roll. Viveremos talvez na memoria como bons, inigualaveis ou apenas como os frutos do aborto tão bem planejado pelo século XXI.
Amanhã sobreviveremos, nos ergueremos talvez apenas para não sermos esquecidos, nos tornaremos autoritarios demais por não conseguirmos mais aquele voto no congresso da razão. Não teremos mais o tempo perdido, nem as verdades esquecidas pela nossa demora. Nossas chances se esgotarão e talvez não tenhamos mais a beleza que fomos condenados a querer.
O tempo é curto, como o som de um avião que algum tempo já passou, então aproveite o máximo, seja você mesmo e não o que querem que você seja.

Seja feliz.

As chances se esgotam, portanto se agarre quando achar algo que valha a pena ter, não deixe o tempo te levar, porque o espelho não escurece, nem a leveza tem tanto valor quanto na juventude.