quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Amar é verbo intransitivo!


Segundo os conhecimentos bíblicos que possuímos, se é que chegam a ser conhecimentos confiáveis, sabe-se que o pecado não vem antes do homem, mas que todo pecado só antecedeu o homem em pensamento, seus ações só foram frutos de pecado apartir do momento que Eva vê algo que não poderia possuir em sua frente, a maça que possuia o pecado, o que a meu ver seria uma maça completamente normal, mas que o ato de quere-la e depois desobedecer e possui-la se tornou seu pecado maior. Portanto o pecado foi criação divina, assim o homem também é capaz de criar o pecado e pratica-lo.

A sociedade durante todos os anos apartir de sua criação tenta moldadar o homem conforme o bem e o mal que ela acredita ser, baseando-se em seus conhecimentos durante os seus anos de existência e seus interesses econômicos na maioria das vezes. O homem quando entra em choque com essa sociedade moralisante, pecadora, imoral, se vê preso em uma teia, em que não há como escapar, vê o reflexo de todas as proibições serem apenas para as classes que não possuem poder aquisitivo, e se revolta e assim como Eva, desobedece.

Mas e quando o amor entra em choque com a realidade, o que fazer? Fugir e se esconder, ou ficar e encarar. A maioria foge, nem sempre porque realmente quer, mas porque é uma maneira mais fácil de se conviver em sociedade, de ficar no silêncio das bocas alheias.

Li outro dia em um fotolog de uma conhecida que o amor que ela sentia não era um amor que podia ser medido, mas era um amor incondicional, será?
Será que é tão fácil assim dizer que seria incondicional se somos preconceituosos ao ponto de despresarmos as diferenças com piadinhas?
Mas se é verdadeiro, porque esse amor não pode acontecer? Porque é entre pessoas do mesmo sexo? Porque é entre pessoas de etnias diferentes? Porque é entre pessoas com religiões diferentes?
A sociedade manipulou e ainda manipula, nivela todos com cimento e pá, quem é essa sociedade? NÓS? Que pedimos liberdade, igualdade e fraternidade? Ou seria liberdade, igualdade e fraternidade apenas para quem nos interessa?

Mais uma vez caio no individualismo e na minha individualidade quando tento explicar algo apenas com meus poucos pensamentos e conhecimento.
Criticar, afirmar, interrogar é muito fácil quando se trata de uma pessoa com a boca cheias de coisas para dizer.


Amar nunca será pecado quando é verdadeiro, livre, incondicional...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O mal do século


Outro dia entrei em uma daquelas discussões sem fim sobre a matança de animais que ocorre todos os dias em todo o mundo para a alimentação humana. Perguntei para um colega se ele achava que uma vaca possuia o mesmo valor que um mico leão dourado para a natureza. Ele disse que sim, que os dois acupavam o mesmo cargo inútil. Bom, com este comentário cheguei a mesma conclusão que já possuia, o homem graças a bíblia e o Deus pregados nas religiões cristãs ainda possuem na cabeça a idéia de que os animais qualquer que sejam não possuem alma e nem direito de viver.

Enquanto a cadeia alimentar do homem não é corrompida, ele é bom, é humano, é sábio, mas se retiram do seu prato a carne, não há quem o segure. Suas tradições ainda ditam seu caráter, suas religiões, crenças, ações irresponsáveis, distanciaram-o dos animais, e ele nem chega mais a assemelhar seus sentidos aos deles, pois parece que valores novos e insanos são cada dia mais incrementados no dia-a-dia do homem, que o torna algo estranho e cruel e mais semelhante com a sociedade em si, que não se guia pelo senso comum, mas sim pela individualidade.

Nossos valores adquiriram valor material, somos oprimidos por nós mesmos ao ponto de não nos reconhecermos mais como um todo, como parte da natureza também, somos mais, somos os deus do nosso destino e a religião é algo que carregamos apenas para parecer homens melhores. Nosso estilo de vida é facista e alienado. Somos fruto de um aborto mal planejado pelo século. XVII.
Chego a conclusão que só seremos capazes de amarmos e respeitarmos uns aos outros no dia em que percebermos que somos natureza, mas que acima de tudo a natureza que vive fora de nós é o reflexo de nossas ações.

O individualismo é o mal do século.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Adorno e Horkheimer em A Indústria Cultural


Em A Indústria Cultural – O Iluminismo como Mistificação de Massas , Theodor W. Adorno e Max Horkheimer mostram que a indústria cultural que se formou com o capitalismo está descaracterizando o valor de arte e a função da cultura. Para eles, a estandartização das técnicas de produção estagnou o conhecimento histórico e instalou o valor de mercado. As pessoas se sujeitam a determinadas imposições para pertencerem a uma sociedade que se julga superior e tem caráter elitista; desesperado, o cidadão comum torna-se presa fácil para os líderes. No caos cultural, palácios e sedes decorativas representam a pura racionalidade sem função e sentido dos grandes cartéis internacionais; perto desses monumentos, as casas populares que utilizamos parecem favelas. O culto ao aço parece não ser motivo de grandes preocupações.

Utilizando o negócio como ideologia, cinema, televisão e rádio não produzem arte. Verifica-se a industrialização desses meios e a perda de caráter social ao vermos o custo de produção dos materiais divulgados. A técnica atua como meio de poder dos mais ricos sobre a sociedade, que se aliena. Se temos o telefone, que permite uma conexão bilateral, temos também o rádio, que descaracteriza o sujeito ao não permitir uma réplica na comunicação. Adaptações como as de um livro para um filme retiram a originalidade da obra, e a sociedade crê que a película é tão igual ao material impresso. Se essa indústria é alimentada por alguém, cabe aos bancos fornecer os investimentos necessários, e ao governo a tarefa de não interromper o ritmo maçante da produção "cultural".

No meio disso tudo está o consumidor. Aquele que inocentemente reconhece qualquer produção estética como sendo arte. Na verdade, a padronização dos espectadores os torna massa de manobra e conteúdo meramente estatístico. Mede-se a repercussão de um programa não pelos seus comentários e críticas, mas sim pelos pontos de audiência e vendas que ele proporcionou às empresas que mantêm esse mercado. Os produtos gerados pela indústria cultural são vendidos como se fossem diferentes, mas têm uma similaridade muito forte, vindos até mesmo de uma mesma empresa produtora. A finalidade dessa diferenciação aproximada é forjar concorrência e possibilidade de escolha.



Os meios de comunicação não têm originalidade, novidade. A televisão, síntese do rádio e do cinema, vende-se como produto único e exclusivo. A proposta cultural é dividida em etapas para sua feitura, e o valor original de arte é perdido. Temos produtores, assistentes, atores. Só não temos conteúdo. Assim é nos espetáculos de música, dança, nas novelas. Todo material produzido retorna ciclicamente ao mercado, com as mesmas intenções, mas com uma embalagem, uma roupagem diferente. O particular técnico interfere na obra, a qual tem sua idéia primeira sendo extinta aos poucos durante a produção. A parte incisiva da obra, o detalhe perspicaz, são remodelados e inseridos em um todo que já não permite distinções. Segue-se uma ordem progressiva, e aparentemente correta, mas que não utiliza conexões significativas.

A indústria cultural manipula a vida do cidadão comum. Tenta assemelhar os fatos de um filme aos da vida, como se um fosse continuação do outro. A atividade mental do espectador é vetada, assim como a sua capacidade interpretativa e de reação às mensagens enviadas. A cultura orgânica que se observava no período pré-capitalista acaba. O tipo de indústria que predomina hoje revela-se como a própria meta do liberalismo que censurava a falta de estilo.

Quem não se adapta a isso é massacrado pela impotência econômica que se prolonga na impotência espiritual do cidadão. A supremacia das instituições existentes nos aprisiona de corpo e alma a ponto de, sem resistência, sucumbirmos diante de tudo que nos é oferecido. As massas enganadas de hoje são mais submissas ao mito do sucesso que os próprios afortunados. Estes, sabem que o sucesso torna-se econômico; aqueles, crêem no estrelato como obtenção de reconhecimento na sociedade.

A novidade do estágio de cultura de massa em face do liberalismo está na exclusão do novo; a máquina gira em torno de seu próprio eixo. Chegando ao ponto de determinar o consumo, afasta como risco inútil aquilo que ainda não foi experimentado. Se algo está dando certo, tem que continuar dando, independentemente de seu conteúdo ou custo. Só o triunfo universal do ritmo de produção e de representação mecânica garante que nada mude, que nada surja que não possa ser enquadrado. Se existe o novo, ele é remodelado e idealizado como parte de um sistema já existente e perpetuado na sociedade.

Arte e divertimento estão sendo reduzidos a um falso denominador comum, à totalidade da indústria cultural. Exibe-se um determinado conteúdo e liberta-se ele de qualquer suspeita, de qualquer sensação sublime, na mente do espectador; o que vale não é a dúvida, não é a subjetividade da arte. A compreensão total desse conteúdo é visto como caráter definidor de arte, assim como a sua objetividade. Não se trabalha mais com a cabeça, com o questionamento, pois o produto nos prescreve de qualquer reação. Toda conexão lógica que exija reflexão intelectual é evitada. Nos filmes dramáticos, policiais, de aventura, não se concede ao espectador a possibilidade de uma progressiva descoberta; tudo é entregue mastigado, lapidado, e permanece igual do início ao fim. Se antes os desenhos animados faziam justiça ao processo definidor de sua história, hoje não fazem mais do que confirmar a vitória da razão tecnológica sobre a verdade. O prazer da violência contra o personagem transforma-se em violência contra o espectador, o divertimento converte-se em tensão. O sarcasmo e a futilidade das ações, absolutamente desconexas, reforçam o vazio das produções.

O sistema inflado pela indústria do divertimento não torna mais humana a vida para os homens. O sistema econômico usa a técnica para consumo estético da massa e não para acabar com a fome. A renda das bilheterias, os bônus de um best-seller, a renda gerada por esse tipo de produção é investida na sua própria manutenção, e na de quem a mantém.

A indústria cultural é pornográfica e hipócrita, reduz o amor à fumaça. Torna o riso um instrumento de fraude sobre a felicidade, apresenta sexo entre gargalhadas. Cria estereótipos e mitos, divulga-os como comuns e relevantes para a sociedade. Oferece uma coisa e priva o consumidor dela, gerando uma frustração permanente. Ela é permanente porque, a partir do momento em que não podemos ter essa coisa, poderemos estar sempre procurando por ela, como um cão que busca o rabo. Enquanto isso, os poderosos tornam-se ainda mais fortes.

A diversão jogada para a massa significa a ausência de seu pensamento, o esquecimento da dor, mesmo onde ela se mostra. E nessa base funda-se a impotência. O querer e não poder ter, o tentar e não conseguir ser. Cria-se uma realidade ilusória para o espectador. Tal fato é verificado na televisão, no cinema. O cidadão comum acredita que pode fazer parte desses meios, mas eles recrutam apenas as pessoas que estejam enquadradas em conceitos que não são necessariamente o talento e o conhecimento. O funil para o estrelato é o fim das capacidades verdadeiras da sociedade. A idealização vence o conhecimento.

Essa tentativa de conseguir algo e não obter funda a condição de que o sistema pode ser tolerado. O indivíduo utiliza seu desgosto para entregar-se ao poder coletivo, que não prevê mudanças. O descontentamento com a realidade é tão grande que parece não haver meios de mudá-la.

A cultura não é mais algo que provoque sensações e crie arrebatamentos mentais no espectador. O valor original de uma obra, o seu caráter histórico, o seu valor enquanto representação pessoal, se perdem. A perplexidade e o sublime são irrelevantes em uma sociedade na qual não vigora o conhecimento. A indústria cultural manipula o conceito de arte, produz materiais de conteúdos duvidosos, divulga-os como isentos de interesses econômicos. Utiliza a idéia de capitalismo e produção em massa como conseqüência histórica da civilização, como uma evolução dos meios anteriormente desenvolvidos. A arte da maneira que é feita gera interesse e lucros, o que moveria o capital dos países e permiria um desenvolvimento econômico maior. O que acontece na verdade é a valorização de um interesse financeiro permanente, enquanto a história e as origens da sociedade são reviradas de maneira voraz. A cultura já não parte do povo como uma manifestação autêntica e espontânea. O cinema, o rádio e a televisão determinam os comportamentos e os pensamentos da sociedade. Esta, não se vê representada nos meios de comunicação, e apenas é induzida e chantageada a consumi-los. A identidade popular construída através do tempo é soterrada pelo concreto dos que detém poder.



Texto retirado do site

http://www.rabisco.com.br/58/industria_cultural.htm

terça-feira, 15 de setembro de 2009

NO CONGELADOR

Foi-se o tempo em que era um poster só na parede do quarto. Em que The Beatles e The Rolling Stones não se misturavam. Já não é mais tempo de idolatrar apenas um ídolo, morrer por ele. Os ídolos se desmembraram em vários e o motivo agente talves não perceba, mas é a nossa liberdade forjada pela sociedade que tenta nos educar agora em como ser anarquistas.
Parece estranho, mas se pararmos pra pensar depois da abertura do país e após conquistarmos a "democracia", as coisas ficaram tão mal passada a ferro frio, que o desenvolvimento intelectual que era tão fora da lei, e tão emocionante, acabou. Toda a euforia do século XX passou, assim como a do séc. XVIII. Tudo o que poderia ser mudado foi suprido com um salário mínimo um pouco melhor e com a modernização pobre que nós que não possuímos muito, conseguimos ter.
A inclusão social que o capitalismo provocou e ainda provoca é um dos culpados pela banalização da cultura, da música principalmente, que ficou a merce junto com todas as ideologias.
Ideologias? Quem diz que as tem, mente.
Enquanto toda essa maré de mil maravilhas na música paira no ar, eu olho pra MTV e não vejo nada, além de um monte de besteira sendo dita por gente que já não tem mais nada pra dizer.
O céu foi colorido pro rock, assim como foi negro pro gótico, mas hoje o preto e rosa são as cores principais nas passarelas. Nossas roupas ditam nosso caracter. Nossas marcas e nossos hábitos. Dizem que somos a profissão que possuímos.
Mas o conhecimento que possuímos esse sim é o poder maior que temos. Nada pode parar um homem quando pensa. Nem controlar seu ódio e sua solidão frente ao presente tão sem sentido. A nostalgia pelo passado ainda domina quando nos lembramos que o mundo virou algo ainda mais comercial.
A música hoje é como uma estação do ano, as vezes verão, as vezes inverno, mas nem é mais na primavera que as flores sorriem acordes melhores e menos repetitivos.
Músicos são aventureiros sim, mas andam se vendendo muito fácil, isso não é ser aventureiro, é ser prostituto.


A música terá salvação?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mentiras que eu absolvo


Sim sim, eu já sei que o mundo é hostil e que a gente morre é pra provar que viveu.
Tabaco, nicotina, alcoól, tabaco, mais nicotina, mãos sujas, as minhas principalmente.
Queria levitar e nunca mais precisar voltar a superficie e sentir o peso da gravidade que pesa sobre meu corpo.
Tudo que é peso é leve? Ou o que é leve é pesado? O peso metafísico da consciência. O medo do abismo já não assola meu quarto, o medo do vazio sim esse eu nunca esqueço. Enchi meu copo de vazios, um para cada vazio que há em mim, cada um preenchendo seu espaço, sempre vazio.
Nada merece nada e a vida por mais que tenha seus momentos alegres, possui o peso metafísico a ser carregado até o momento em que ele nos derrota completamente, tanto em corpo como em espírito.
Vamos você não é o mais pacifista dos homens, pois prega a paz e o amor quando quer, não você não sabe ouvir meus pensamentos, não merece minhas palavras, você meu ego que não é meu.
Nada, somos nada.
Talves eu me acostume com a dor, minha dor, querida dor, meu consolo de perdedora, não perdedora que perde por ser pior, mas por não chegar a competir um podio inútil.
Me diga uma verdade.

- Obrigada! Assim é melhor.

"Sou minada, sou hipócrita, sou egóista..."

Mas ninguém me perguntou o que eu queria, apenas colocaram a carne mal passada em meu prato e ainda queriam que eu engolisse sem mastigar.
Desista tristeza, você não existe, é só o passatempo preferido que eu invento para me fazer feliz!!!



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