Nesta valsa dormente em que nossos pertences, solidão, amor, traição... se emaranham neste passos e canções sem fim... brigando contra o tempo, lutando com esperança, por um pedaço deste ingresso, uma chave, deste baile de fantasias em plena quarta-feira de cinzas.
Calada, presa nas entrelinhas, escorrego nas margens, pedaço por pedaço eu me desfaço, me livrando dessas linhas e viro o compasso mais ritmado desse domingo.
Neve fria,
vira gelo
pós chuva fina,
mimos
para curar do roxo
deste abismo.