terça-feira, 15 de setembro de 2009

NO CONGELADOR

Foi-se o tempo em que era um poster só na parede do quarto. Em que The Beatles e The Rolling Stones não se misturavam. Já não é mais tempo de idolatrar apenas um ídolo, morrer por ele. Os ídolos se desmembraram em vários e o motivo agente talves não perceba, mas é a nossa liberdade forjada pela sociedade que tenta nos educar agora em como ser anarquistas.
Parece estranho, mas se pararmos pra pensar depois da abertura do país e após conquistarmos a "democracia", as coisas ficaram tão mal passada a ferro frio, que o desenvolvimento intelectual que era tão fora da lei, e tão emocionante, acabou. Toda a euforia do século XX passou, assim como a do séc. XVIII. Tudo o que poderia ser mudado foi suprido com um salário mínimo um pouco melhor e com a modernização pobre que nós que não possuímos muito, conseguimos ter.
A inclusão social que o capitalismo provocou e ainda provoca é um dos culpados pela banalização da cultura, da música principalmente, que ficou a merce junto com todas as ideologias.
Ideologias? Quem diz que as tem, mente.
Enquanto toda essa maré de mil maravilhas na música paira no ar, eu olho pra MTV e não vejo nada, além de um monte de besteira sendo dita por gente que já não tem mais nada pra dizer.
O céu foi colorido pro rock, assim como foi negro pro gótico, mas hoje o preto e rosa são as cores principais nas passarelas. Nossas roupas ditam nosso caracter. Nossas marcas e nossos hábitos. Dizem que somos a profissão que possuímos.
Mas o conhecimento que possuímos esse sim é o poder maior que temos. Nada pode parar um homem quando pensa. Nem controlar seu ódio e sua solidão frente ao presente tão sem sentido. A nostalgia pelo passado ainda domina quando nos lembramos que o mundo virou algo ainda mais comercial.
A música hoje é como uma estação do ano, as vezes verão, as vezes inverno, mas nem é mais na primavera que as flores sorriem acordes melhores e menos repetitivos.
Músicos são aventureiros sim, mas andam se vendendo muito fácil, isso não é ser aventureiro, é ser prostituto.


A música terá salvação?

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