segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O mal do século


Outro dia entrei em uma daquelas discussões sem fim sobre a matança de animais que ocorre todos os dias em todo o mundo para a alimentação humana. Perguntei para um colega se ele achava que uma vaca possuia o mesmo valor que um mico leão dourado para a natureza. Ele disse que sim, que os dois acupavam o mesmo cargo inútil. Bom, com este comentário cheguei a mesma conclusão que já possuia, o homem graças a bíblia e o Deus pregados nas religiões cristãs ainda possuem na cabeça a idéia de que os animais qualquer que sejam não possuem alma e nem direito de viver.

Enquanto a cadeia alimentar do homem não é corrompida, ele é bom, é humano, é sábio, mas se retiram do seu prato a carne, não há quem o segure. Suas tradições ainda ditam seu caráter, suas religiões, crenças, ações irresponsáveis, distanciaram-o dos animais, e ele nem chega mais a assemelhar seus sentidos aos deles, pois parece que valores novos e insanos são cada dia mais incrementados no dia-a-dia do homem, que o torna algo estranho e cruel e mais semelhante com a sociedade em si, que não se guia pelo senso comum, mas sim pela individualidade.

Nossos valores adquiriram valor material, somos oprimidos por nós mesmos ao ponto de não nos reconhecermos mais como um todo, como parte da natureza também, somos mais, somos os deus do nosso destino e a religião é algo que carregamos apenas para parecer homens melhores. Nosso estilo de vida é facista e alienado. Somos fruto de um aborto mal planejado pelo século. XVII.
Chego a conclusão que só seremos capazes de amarmos e respeitarmos uns aos outros no dia em que percebermos que somos natureza, mas que acima de tudo a natureza que vive fora de nós é o reflexo de nossas ações.

O individualismo é o mal do século.

Um comentário:

  1. Não só em relação homem/natureza como homem/homem mesmo. Outro dia estava conversando com um camarada e lhe disse que se eu tivesse o poder de acabar com o mundo, acabaria pra começar tudo de novo. Na minha opinião, não sei se é radical demais, mas as vezes, eu me sinto inútil qnd vejo o que vejo e ouço coisas como a que ouviu.
    Só não sei se começando de novo acabaríamos chegando novamente onde estamos. rs

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